Apesar da eficiência já conhecida das cirurgias bariátricas, não só no que diz respeito ao fator estético, mas sobretudo e mais importante ainda no fator saúde e qualidade de vida para pessoas obesas, ainda há muito o que se avançar no fator informação sobre o procedimento em si e os cuidados necessários para que o paciente mantenha o resultado satisfatório no pós-cirurgia.
Mediante isso, o cirurgião Fábio Rodrigues elencou alguns comportamentos que podem fazer com que o paciente volte a ganhar peso após a cirurgia bariátrica. Confira:
1- Desinformação
“Falta de educação sobre a doença (obesidade). Precisamos entender que ela é uma doença, que muitas vezes NEM MESMO pessoas do meio SAÚDE A entendem como doença, imagine o paciente que pode ser considerado leigo na questão clínica? Então a partir do momento que eu entendo a obesidade como uma doença, E PRINCIPALMENTE COMO UMA DOENÇA crônica, que não tem cura, eu entendo que preciso me cuidar pro resto da vida, ”, falou.
2- Não mudar o comportamento
“O paciente vai para a cirurgia achando que é só passar por ela que vai poder continuar comendo de tudo, manter a vida que sempre teve e nunca mais vai voltar a engordar. Isso não existe. O paciente precisa ter uma mudança comportamental para que ele tenha sucesso na cirurgia, mudando hábitos, tendo uma vida mais ativa e tendo hábitos de alimentação mais saudável e evitando alguns alimentos mais gordurosos, frituras e tudo mais”, disse.
3- Não buscar uma equipe multidisciplinar
“Esse acompanhamento é necessário. Tem um estudo que mostra que pacientes que fazem esse acompanhamento têm 60% menos chance de voltar a engordar do que aqueles que não buscam uma equipe multidisciplinar. Tem os resultados mais satisfatórios, geralmente, aquele paciente que vai ao menos três vezes no ano a profissionais como psicólogo, nutricionista, nutrólogo, esse paciente ele tem esse percentual favorável a não engordar”, finalizou.
Sobre Fábio Rodrigues
Doutor Fábio Rodrigues é graduado em Medicina desde 2003, com especialização em cirurgia geral e bariátrica, além de pós-graduação em cirurgia minimente invasiva. Atua como cirurgião da obesidade e das doenças metabólicas desde 2015 e já acumula mais de 1.500 cirurgias realizadas. Atualmente, além das cirurgias bariátricas, vem concentrando também seu foco na performance dos pacientes após a cirurgia.