24 de Maio, 2025 12h05mArtigo

Maria, peregrina de esperança

O mês de maio é marcado pelas diversas manifestações de devoção a Nossa Senhora. Seja na liturgia ou na piedade popular, o povo cristão demonstra seu afeto à Mãe de Deus de diferentes maneiras.

O mês de maio é marcado pelas diversas manifestações de devoção a Nossa Senhora. Seja na liturgia ou na piedade popular, o povo cristão demonstra seu afeto à Mãe de Deus de diferentes maneiras. Neste Ano Jubilar, vale a pena meditarmos na figura de Maria como modelo para que todos nós sejamos peregrinos de esperança.

Maria Santíssima, desde o princípio de sua vida, soube viver a alegria da espera. Como membro do povo eleito, aguardava confiante o Messias prometido pelos profetas. Já plena do Espírito Santo e trazendo no ventre o Salvador, partiu apressadamente para levar esperança a Isabel. Tendo nascido o Salvador, testemunha, diante dos humildes pastores e dos magos do Oriente, a concretização da esperança da salvação.

Parte como peregrina, junto a Jesus e José, para o Egito, fugindo do tirano Herodes, que promovia a desesperança da morte e da violência. No retorno, encontra em Nazaré a esperança de sobrevivência em meio à pobreza de sua terra, testemunhando, assim, a predileção de Deus pelos pobres e humildes. Diante da cruz de Jesus, permanece de pé, sabe encontrar a esperança mesmo nas maiores dificuldades, consciente das consequências do projeto divino que ela abraçou sem reservas. Acolhe, como mãe, toda a comunidade cristã na figura do discípulo amado.

Permanece em oração junto aos discípulos, mantendo viva a chama da esperança na comunidade primitiva. Com a vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, testemunha a manifestação da Igreja para todos os povos e vê concretizada a esperança da salvação operada por Cristo e dirigida a todas as nações.

Nos nossos dias, são muitos os motivos que nos levam a perder a esperança: guerras, violências, doenças, desigualdade social e tantos outros problemas aos quais estamos sujeitos. Nesse contexto, o Ano Jubilar vem renovar o nosso ânimo, recordando nossa condição de “Peregrinos de Esperança”. Em meio às diversas contrariedades do nosso mundo, somos convocados a manifestar que “a esperança não decepciona” (Rm 5,5). Isso porque a esperança cristã não é um otimismo infundado, mas uma realidade concreta e possível: “Jesus Cristo é nossa esperança” (1Tm 1,1).

Peçamos a Maria Santíssima o seu auxílio, para que, nos caminhos difíceis desta vida, possamos contar com sua materna intercessão e irradiar a esperança cristã a todos os homens e mulheres de nossa sociedade, conscientes de que, por meio da Ressurreição de Cristo, fomos renascidos para uma “viva esperança” (1Pd 1,3)

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Fernandópolis, 22 de maio de 2025.

Vinícius Santos dos Reis

Seminarista do 4º ano de Teologia

Paróquia Santa Rita de Cássia de Fernandópol

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