Na última semana fomos contemplados com uma notícia que nos deixou muito felizes e orgulhosos, a publicação da Portaria Nº 309 do MEC, credenciando a modalidade de ensino a distância para o Centro Universitário de Jales, aprovado com nota 5 (nota máxima). Esse feito histórico para Jales acontece num momento icônico e carregado de simbolismo, diante do processo transformador trazido pelas tecnologias, mas acelerado por imposição da pandemia do Covid/19. Apesar das perdas irreparáveis, hoje temos consciência de que sem o aparato tecnológico de hoje a tragédia seria muito maior.
O século XXI foi inaugurado sob a égide da Revolução Tecnológica, avançando para o que chamou de Quarta Revolução. Vislumbrava-se, então, um mundo sem escritório abarrotados de papéis, sem jornais impressos, sem os pesados aparelhos eletrônicos, sem bibliotecas gigantes com diversos tipos de publicação impressa. Caminharíamos para um cenário clean e totalmente digital em que mundo físico cederia lugar para as luzes das projeções. Mas e a educação? Como a educação, que tem a missão de transformar o mundo, seria transformada pelos novos meios de produção intelectual? Um amplo debate se instaurou no interior das instituições e em grupos de pesquisadores sobre o tema. A questão seria como manter a qualidade de ensino em novos modelos e formatos de ensino. No entanto, mesmo entre críticas (muitas bem fundamentadas e outras apenas por apego ao passado) e resistências, o EaD ganhou corpo, se estruturou, se viabilizou, sem destituir o presencial do seu posto. Desse modo, as coisas começaram se ajustar e as novas gerações, mais abertas ao novo, puderam testar uma infinita diversidade de mecanismos para o aproveitamento das novas tecnologias em favor da educação.
Com o rápido avanço da internet, a educação à distância ganhou personalidade, se impôs num contexto jamais imaginado há 20 anos atrás. A consciência de que vivemos num mundo governado pelo efêmero e forjados pela necessidade de nos atualizarmos, recolocou o papel do EaD e afastou as críticas que vinham nele um risco para a educação. Atualmente já nos parece claro que a boa ou má qualidade do ensino não é privilégio do Ensino a Distância. A qualidade continua dependendo de inovação, criatividade, qualificação docente, bons projetos pedagógicos, compromisso e seriedade. Quesitos necessário para ambas as modalidades de ensino.
É notório que a cada dia o mundo virtual e o presencial parecem se fundir como nos melhores filmes de ficção científica. Mas, sem dúvida foi a calamidade imposta pela pandemia do Novo Coronavírus que precipitou a revolução digital, obrigando o mundo a uma expansão jamais imaginada de pessoas conectadas por plataformas digitais. Neste sentido, se havia alguma dúvida que este seria o futuro da educação, acredito que não há mais. O que se busca agora é a universalização do acesso, oferecer oportunidade e condições para que ninguém fique de fora.
É, neste contexto, que nasce uma nova fase do Ensino à Distância no Brasil. Num momento de dor e de reinvenção, tendo a tecnologia como nossa grande aliada, trazendo alívio e conforto em relação as perdas impostas pelo distanciamento social.
Tudo indica o que mundo pós-pandemia será um mundo onde as distâncias estarão encurtadas pela expansão tecnológica. E caberá, cada vez mais, ao EaD levar oportunidades e condições para que as pessoas aprimorem seus conhecimentos e cresçam pessoalmente e profissionalmente. Essa será nossa nova missão, a missão de eliminar a distância para aqueles querem a oportunidade de ter um ensino de qualidade. Com a mais de 50 anos de tradição, sustentado pelo compromisso com a excelência acadêmica a UNIJALES está pronta para mais esse desafio.