MARIA: LUZEIRO PARA OS CRISTÃOS

Tiago Vinícius Raimundo Caetano, Seminarista - 4° Ano de Teologia A espiritualidade cristã testemunha a presença da Virgem Maria na caminhada e na experiência de fé da Igreja.

Artigo em 18 de novembro, 2023 13h11m

Tiago Vinícius Raimundo Caetano, Seminarista - 4° Ano de Teologia

A espiritualidade cristã testemunha a presença da Virgem Maria na caminhada e na experiência de fé da Igreja. A presença discreta e eficaz da mãe de Deus na história cotidiana dos fiéis sempre foi reconhecida, tanto é, que muitos Santos e em muitas épocas fizeram a “escola de Maria” e se deixaram conduzir por ela ao seu Filho Jesus, reconhecendo assim que o culto prestado à Virgem Maria é um caminho seguro para a santificação. 

O Concílio Vaticano II na tentativa de evidenciar ainda mais essa presença mariana na experiência de Fé da Igreja, se debruça a escrever sobre Santíssima Virgem associando-a intimamente ao mistério de Cristo e da Igreja. Maria é inserida no “mistério” em sentido tipológico, isto é, ela é imagem, ícone e figura da família de Deus que caminha na história, orientados pela palavra, rumo à realização de sua realidade escatológica. 

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Além disso, contemplar hoje a realidade divina e humana da Igreja sem olhar para Maria e nela reconhecer o “já e o “ainda não” da casa de Deus, seria o mesmo que enxergar o dia sem o sol. Maria com seu sim, é modelo inspirador para todos os cristãos, pois seu modo de servir a Deus, deixando que a palavra Dele transformasse a sua vida, fez dela a discípula perfeita do Senhor. 

Em uma sociedade marcada pela ausência da confiança e da credibilidade nas palavras, contemplar Maria é também reconhecer a urgente necessidade de seguir por outro caminho, redescobrindo nas sementes de eternidade deixadas por Jesus o real sentido para o ser humano existir. Maria antecipa a nossa escatologia, mas, também antecipa uma nova humanidade regenerada na Ressureição e marcada pela vivência concreta da vontade Deus. 

Assim, Maria aponta para o eterno, ensinando-nos que a Igreja, que somos nós, está a serviço da fé, logo não pode deixar confundir com a fé verdadeira, suas estruturas humanas, carentes de constante conversão e mudança de mentalidade. Deixemo-nos moldar pela ação de Deus, assim como fez Maria e com ela sejamos discípulos do Senhor insistentes na propagação do amor, da esperança e da caridade. 

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