
O lipedema, frequentemente confundido com obesidade ou linfedema, afeta cerca de 12,3% das mulheres brasileiras. Nessa população, observa-se uma sobreposição significativa com varizes. De acordo o Journal of Vascular Surgery Cases, Innovations and Techniques, publicado no PMC, cerca de 35,5% das mulheres com suspeita de lipedema relataram varizes ou problemas de circulação venosa. A coexistência dessas condições tende a agravar sintomas como dor, sensação de peso, inchaço e fragilidade dos vasos, evidenciando a necessidade de abordagem integrada.
Pensando nisso, um dos principais especialistas no tratamento de clínico do lipedema no país e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Vitor Cervantes Gornati, esclarece as cinco principais dúvidas sobre a cirurgia associada às duas condições.
É seguro operar lipedema e varizes na mesma cirurgia?
Sim. Quando realizada por uma equipe experiente e especializada, a abordagem simultânea é segura e evita dois procedimentos separados. A avaliação pré-operatória define se o paciente reúne as condições ideais para isso.
Quais pacientes podem fazer a cirurgia combinada?
Pacientes com diagnóstico confirmado de lipedema e presença de insuficiência venosa significativa. A decisão depende de exames, grau da doença e análise individual de risco e benefício.
A recuperação é mais difícil quando as duas cirurgias são feitas juntas?
A recuperação pode ser um pouco mais intensa nos primeiros dias, mas costuma ser semelhante à do lipedema isolado. A vantagem é passar por um único período de pós-operatório.
Tratar varizes junto ajuda no resultado do lipedema?
Sim. Corrigir a insuficiência venosa melhora o fluxo, reduz sintomas e favorece o processo de recuperação e drenagem após a cirurgia do lipedema, trazendo mais conforto e estabilidade.
Fazer as duas cirurgias juntas aumenta o risco de complicações?
Não necessariamente. O risco depende mais do quadro clínico do paciente do que da combinação em si. Com preparo adequado, protocolos seguros e indicação correta, as taxas de complicação permanecem baixas.




















