Precisamos refletir sobre o cuidado com a casa comum

No dia 4 de outubro a Igreja Católica celebrou a festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia. Nos últimos anos, a questão ambiental ganhou destaque nas agendas políticas e sociais em todo o mundo.

Artigo em 12 de outubro, 2024 12h10m

No dia 4 de outubro a Igreja Católica celebrou a festa de São Francisco de Assis, padroeiro da ecologia. Nos últimos anos, a questão ambiental ganhou destaque nas agendas políticas e sociais em todo o mundo. Nesse contexto, a mensagem do Papa Francisco, especialmente em sua carta encíclica "Laudato Si” - sobre o cuidado da casa comum, ressoa com grande relevância. 

O Papa nos convida a refletir sobre o nosso papel na proteção da "casa comum", que é o planeta Terra. Ele enfatiza a interconexão entre todos os seres vivos e a necessidade urgente de um cuidado coletivo com o meio ambiente. Governos, empresas, cidadãos e fiéis de todas as religiões devem unir forças para implementar políticas e práticas que promovam a sustentabilidade.

A degradação ambiental é uma questão que afeta não apenas o presente, mas compromete o futuro das próximas gerações. Precisamos adotar um estilo de vida mais sustentável, promovendo a justiça social e a solidariedade, pois a luta pela preservação do meio ambiente é também uma luta por equidade social.

Dados recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) e de instituições científicas revelam a gravidade da crise ambiental que enfrentamos. As emissões de gases de efeito estufa continuam a aumentar, contribuindo para o aquecimento global. Esse aumento está associado a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais.

Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram registrados mais de 164 mil focos de incêndio no país entre janeiro e início de setembro, sendo considerado o maior número desde o ano de 2010. Os estados mais afetados são Mato Grosso, Pará, Amazonas e Tocantins, que concentram 56% dos pontos de queimada contabilizados desde o início de 2024. 

Em 2024, São Paulo bateu recorde de maior número de focos de incêndio desde o início da série histórica do Inpe, iniciada em 1998. O noroeste paulista registrou queimadas em várias cidades, como Ilha Solteira, Andradina, Itapura, Assis Chateaubriand, Icatu, São José do Rio Preto, Pontes Gestal, Monções, Valentim Gentil, Monte Aprazível, Paranapuã, Jales, Fernandópolis, Mirassol e muitas outras. 

Além disso, a perda de biodiversidade é alarmante. Estima-se que um milhão de espécies de animais e plantas estejam ameaçadas de extinção, em grande parte devido à atividade humana.

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O chamado do Papa Francisco para cuidar da casa comum é mais relevante do que nunca. Providencialmente para o mês de setembro ele nos convidou a rezar pelo cuidado do planeta e a ouvir a dor de milhões de vítimas de catástrofes ambientais. Papa Francisco faz uma constatação: a Terra está com febre e doente. E pergunta: “Nós ouvimos esta dor? Ouvimos a dor de milhões de vítimas de catástrofes ambientais?”.

A preservação do meio ambiente não é apenas uma obrigação moral, mas uma necessidade urgente para a sobrevivência de todos os seres vivos. Com consciência, esperança e responsabilidade compartilhada, precisamos agir com determinação para proteger nosso planeta, garantindo nosso presente e um futuro sustentável para as próximas gerações. Juntos podemos fazer a diferença.

Pe. José Antonio Soares 

Assessor Eclesiástico da Pastoral da Comunicação da Diocese de Jales-SP

Sugestão de olho: “Precisamos agir com determinação para proteger nosso planeta, garantindo nosso presente e um futuro sustentável para as próximas gerações”

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