
O Governo do Estado de São Paulo anunciou na sexta-feira (21/03), a implantação do programa Guri nas Escolas em 97 unidades de ensino da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), em parceria com a Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas. O lançamento oficial do programa aconteceu na Escola Estadual Professor Carlos Lencastre, em Campinas. Na região de São José do Rio Preto, seis escolas terão aulas do programa, beneficiando mais de 1.200 alunos.
O lançamento do programa, conduzido pelo governador Tarcísio de Freitas, foi acompanhado pelo secretário da Educação, Renato Feder, e pela secretária de Cultura, Economia e Indústrias Criativas, Marília Marton.
“A educação musical é algo maravilhoso e transformador. Você desenvolve não só o atributo musical em si, mas uma série de outros atributos que serão importantes na trajetória desses jovens. É uma complementação daquilo que é feito no campo pedagógico. A gente desperta vocações, consegue incluir mais alunos, identificar e desenvolver talentos, e no final das contas, fomentar outras habilidades e a capacidade de relação interpessoal que é tão importante”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.
Percussão com e sem instrumentos
Na região de São José do Rio Preto, o programa Guri nas Escolas passa a integrar a grade das escolas estaduais Professor Alvaro Duarte de Almeida, em Cosmorama, Afonso Cafaro, em Fernandópolis, Professor Carlos de Arnaldo Silva, em Jales, João Ribeiro da Silveira, em Icém, João Baptista Teixeira, em Planalto, e Giuseppe Formigoni, em Santa Adélia.
Os instrumentos para as aulas do Guri nas Escolas estão sendo distribuídos para as escolas de todo o estado. Na Escola Estadual João Ribeiro da Silva, em Icém, além das aulas teóricas, os alunos já começaram as aulas com alguns “instrumentos diferentes”. “O professor Vinícius ensina percussão corporal e em objetos da escola, como as nossas mesas, além de ensinar a tocar bateria no caderno”, conta a aluna Micaelly Aparecida da Silveira Almeida, de 15 anos de idade, matriculada na 1ª série do Ensino Médio.
Na escola, as aulas do Guri são conduzidas pelo professor Vinícius Bortoletti Nunes Batista e pela professora do projeto EMA (esporte, música e arte), Louise Scatolin Barco, que integra a equipe da unidade da rede estadual em Icém. Os professores trabalham em conjunto em todas as aulas do programa.
Para Micaelly, o programa traz uma transformação para a escola. “Eu acho que o Guri é muito importante porque vai atingir alunos que não têm condições financeiras de terem aulas particulares ou comprar seus instrumentos. Tenho vários amigos que não se interessavam tanto por música e por instrumentos e que agora estão bastante participativos nas aulas”, continua Micaelly.
Na EE João Ribeiro da Silva, o programa Guri nas Escolas terá, entre outros instrumentos: agogô, cajon, par de clavas, ganzá, metalofone, pandeiro, rebolo, reco-reco, tamborim, triângulo, violão, xilofone, entre outros equipamentos.
Com o programa inédito Guri nas Escolas, o estado de São Paulo integrou o ensino da música como componente essencial no currículo escolar das escolas estaduais. O investimento supera R$ 9 milhões, provenientes da Secretaria da Educação, e a iniciativa será implementada em 97 escolas do Programa Ensino Integral (PEI), atendendo cerca de 20.370 alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Ainda este ano, o programa será ampliado para 200 escolas, com mais de 42 mil vagas.
“A implantação do Guri nas Escolas tem como foco a valorização dos nossos estudantes e a disponibilização de ferramentas que são importantes para o desenvolvimento e descobertas de paixões para a vida escolar, mas também para a vida adulta”, afirmou o secretário da Educação, Renato Feder.
As aulas de música abordam desde apreciação musical até composição e improvisação, alinhadas às seis dimensões do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC): criação, crítica, estética, expressão, fruição e reflexão. O programa desenvolve também habilidades como memória auditiva, escuta ativa, coordenação motora e raciocínio lógico, competências que impactam diretamente no desempenho acadêmico dos alunos em outras disciplinas, como matemática e ciências.
“Essa integração garante que a música se torne um componente essencial na formação dos alunos, potencializando o aprendizado acadêmico e o desenvolvimento social e emocional, preparando-os para os desafios do futuro”, afirmou Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas.