10 de setembro, 2021 18h09m Coluna Notícias da Diocese por por Dom Reginaldo Andrietta

Setembro Amarelo: relacionar-se é harmonizar!

O ser humano é uma rede de relações, e toda relação sadia contribui para o equilíbrio interno.

Pe, Valdair Ap. Rodrigues.   Adm. Paroquial – São Bernardo – Fernandópolis/SP.
Pe, Valdair Ap. Rodrigues. Adm. Paroquial – São Bernardo – Fernandópolis/SP.

O ser humano é uma rede de relações, e toda relação sadia contribui para o equilíbrio interno. Há relações que são essenciais à vida humana e dentre elas destacam-se a relação de dependência, a relação de sobrevivência, a relação de fraternidade e a relação de interiorização. Respectivamente, tais relações evocam vontade e mente, mãos (técnica), sentimentos, afetos e autocuidado. 

Por relação de dependência compreende-se a capacidade humana de sintonizar-se com o Infinito, o Absoluto: Deus. Isso ajuda o ser humano a driblar sua finitude. A relação de sobrevivência é a capacidade humana de utilizar sua criatividade para dignificar sua vida pela força de trabalho, utilizando os meios contidos em nossa “casa comum” (meio ambiente), sem abusar deles. A relação de fraternidade propõe ao ser humano conviver com outras pessoas (alteridade) à base do respeito e da igualdade. E a relação de interiorização é a habilidade do ser humano de voltar-se ao próprio interior e configurar todo seu ser na medida em que vive harmonicamente todas essas dimensões das relações, encontrando o seu "para quê" no mundo. 

Cada vez mais crescem as relações doentias e, com isso, o desiquilíbrio interno, gerando falta de sentido na vida, rompendo-se os sonhos, imperando a busca da facilidade, do imediato, do midiático e os aplausos ao “carpe diem” (viver o momento). Isso tudo se dá principalmente entre os adolescentes e jovens. 

Viver o momento sem prospecção futura acarreta muitas irresponsabilidades, como o consumo exagerado de drogas lícitas e ilícitas, a sexualidade descontrolada, o advento de gerações sem convivência com seus genitores, a indiferença ao Absoluto, os abusos com os meios oferecidos pela natureza, rompendo-se a boa convivência com o próximo, tratando-se o real como virtual, descartável e, com isso, o caos se instaura pessoal e socialmente. 

Além do mais, o “carpe diem”, as ausências de sonhos despontam, decorrências de uma sociedade que coloca o ter acima do ser e o estético acima do ético, problemas gerados pelo abismo econômico, moral, cultural e educacional entre as pessoas que se afastam e se excluem entre si. 

Toda essa gama de situações favorece a geração de depressões e de escravidões, provocando grande sofrimento interno e, com isso, o alto índice de suicídios, isto é, a busca da morte como uma alternativa para deixar de sofrer frente a um mundo e ao próprio ser desarmonizados. 

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O setembro amarelo é uma iniciativa de conscientização do verdadeiro sentido da vida. Tantas outras atividades são criadas pelas igrejas, ONGs, entidades, e até mesmo pelo grupo Protetores da Vida, a fim de se resgatar a harmonia do ser humano consigo e com as realidades a sua volta. 

No caminho de volta a Emaús (Lc 24), os discípulos estavam frustrados com a morte de Jesus. Era como se o sonho de vida plena tivesse morrido. E Jesus caminha com eles, escutando suas expectativas e frustrações. De repente, Jesus começa a fazer algumas indagações a esses discípulos e as vendas de seus olhos caíram a ponto de reconhecerem o Cristo Vivo, a Vida acima de toda cultura da morte. 

Nada advém das grandes estruturas! É na base, ou seja, na família, no bairro, nos pequenos grupos de igreja, nas escolas, nos locais onde estão os adolescentes e jovens que o diferencial precisa engendrar. 

Ouvir, acolher e entender o desequilíbrio do outro é o principal caminho para ajudá-lo a harmonizar-se! Questioná-lo, acompanhá-lo, levá-lo a refletir sobre a origem do caos no mundo e suas consequentes frustrações são caminhos para fazer renascer o sentido da vida.

Quem ama a vida torna-se diácono em prol à vida!

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Dom Reginaldo Andrietta

Batizado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 16 de junho de 1957. Crismado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassunuga, no dia 27 de maio de 1962. Primeira Eucaristia na Paróquia Santo Antonio, Pirassununga, no dia 17 de junho de 1965. Ordenado Diácono na Igreja São Luiz Gonzaga, Paróquia São Benedito, Americana – SP, no dia 19 de outubro de 1982. Ordenado presbítero na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 18 de março de 1983. Foi nomeado Bispo para a Diocese de Jales, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2015. Sua ordenação Episcopal foi realizada no dia 27 de dezembro de 2015, em Americana, SP, na Basília Santuário Santo Antonio de Pádua. Sua posse na Diocese de Jales ocorreu no dia 31 de janeiro de 2016. Seu lema Episcopal é: “A Serviço do Bem Comum”

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