21 de janeiro, 2022 15h01m Coluna Notícias da Diocese por por Dom Reginaldo Andrietta

DEZ ANOS DE MISSÕES HUMANITÁRIAS UNIVIDA

Seja constante o amor fraternal. Não se esqueçam da hospitalidade; foi praticando-a que, sem o saber, alguns colheram anjos.

Pe. Eduardo Lima, Paróquia Santo Expedito – Fernandópolis
Pe. Eduardo Lima, Paróquia Santo Expedito – Fernandópolis

Seja constante o amor fraternal.

Não se esqueçam da hospitalidade;

foi praticando-a que, sem o saber,

alguns colheram anjos.

Hebreus 13:1-3

A UNIVIDA – Universitários em Defesa da Vida completa uma década, proporcionando a jovens universitários de todo o país, a experiência extraordinária do voluntariado entre os excluídos socialmente. Desde 2012, a UNIVIDA promove a aproximação dos que pretendem ser abrigo daqueles que são esquecidos, invisíveis, despojados, visando nesse processo, o desenvolvimento da empatia, na busca por uma humanidade compartilhada. Nos 10 anos que tem, a UNIVIDA vem promovendo a defesa da vida aonde a desigualdade domina, seja nas periferias das cidades, entre os indígenas, ribeirinhos e quilombolas do Rio Andirá/AM ou na Reserva Indígena de Dourados/MS.

A 10ª Missão UNIVIDA Dourados/MS foi concluída recentemente. Foi o retorno da atividade que mais representa e identifica a UNIVIDA. Em função da pandemia, as missões foram suspensas e só reintegradas as atividades da UNIVIDA com responsabilidade perante aos indígenas e as devidas precauções, como a exigência de vacinação e testes para os missionários. Dessa edição de aniversário, participaram 130 voluntários, sendo a maioria composta de universitários da área da saúde, profissionais e equipe de apoio. A partir de movimento efetuado pelos voluntários, obteve-se um volume importante de doações, que atingiu 40 toneladas, entre roupas, alimentos, brinquedos, medicamentos que, circunstancialmente, suprimiram as necessidades mais prementes da população da Reserva Indígena de Dourados, aldeias vizinhas e assentamentos.

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É justo afirmar que existe um vínculo estabelecido ao longo dos anos de convivência, entre a UNIVIDA e os indígenas da região de Dourados/MS, estabelecido a partir do respeito mútuo, uma das premissas importantes da solidariedade. Muito além de esperar pelos donativos, esses homens, mulheres e crianças, esperam também pelo grupo de humanitários, que acreditam na igualdade para todas as pessoas. Nossos irmãos aguardam pela atenção, acolhimento, resolutividade, pela chance do falarem e serem ouvidos e aceitos, pela oportunidade de compartilhar crenças, tradições, histórias de toda sorte. E também pelas consultas, tratamentos, cuidados. Tem-se um espaço de troca, de afetividade, de alegria e fraternidade. A 10ª Missão UNIVIDA foi a missão do reencontro.

Cada missão apresenta particularidades que a difere das demais. Com a pandemia de Covid-19, muitas das vulnerabilidades sociais foram ainda mais agravadas e ficaram mais evidentes, sendo a pobreza e doença potencializadas no território indígena em Dourados/MS. Encontramos pessoas mais tristes, abatidas e desesperançadas. Sabemos que a desigualdade não opera em uma só dimensão, portanto, cabe à 10ª missão UNIVIDA, além do assistencialismo necessário proveniente das doações, da promoção de saúde ofertada pelos cuidados médicos, odontológicos, de enfermagem, chamar a atenção para múltiplas dificuldades existenciais desse povo. A UNIVIDA acredita que um mundo menos desigual só pode ser construído quando repensamos as relações de poder, incluindo aqui os fatores culturais além dos econômicos.

Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. A empatia pelas dores alheias, a consciência de que vivemos num sistema unificado onde o bem-estar de cada um afeta o bem-estar de todos os outros, motivou os voluntários a um trabalho de conexões inesperadas, capaz de sair da forma usual de pensar e falar, de superação de barreiras. Foram realizações bem-sucedidas, desempenhadas com competência, disposição e alegria que ressoarão nos corações dos que acolheraram e dos acolhidos.

Que toda a vivência permitida durante a 10ª missão UNIVIDA possa atingir o principal objetivo da UNIVIDA, a exteriorização da humanidade que há em nós e que precisa ser cotidianamente revelada.

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Dom Reginaldo Andrietta

Batizado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 16 de junho de 1957. Crismado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassunuga, no dia 27 de maio de 1962. Primeira Eucaristia na Paróquia Santo Antonio, Pirassununga, no dia 17 de junho de 1965. Ordenado Diácono na Igreja São Luiz Gonzaga, Paróquia São Benedito, Americana – SP, no dia 19 de outubro de 1982. Ordenado presbítero na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 18 de março de 1983. Foi nomeado Bispo para a Diocese de Jales, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2015. Sua ordenação Episcopal foi realizada no dia 27 de dezembro de 2015, em Americana, SP, na Basília Santuário Santo Antonio de Pádua. Sua posse na Diocese de Jales ocorreu no dia 31 de janeiro de 2016. Seu lema Episcopal é: “A Serviço do Bem Comum”

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