Vitor Inácio Fernandes da Silva, Assessor de Comunicação da Diocese de Jales e
Jornalista das Rádios Assunção e Regional FM
Ao longo deste ano, por várias vezes acompanhamos notícias sobre as ondas de calor, provocando aumentos expressivos na temperatura em várias regiões em nosso país. A intensidade destes fenômenos chamou a atenção, com recordes de temperatura atingidos em muitos municípios. Uma onda de calor é assim caracterizada quando as temperaturas permanecem cinco graus acima da média por três a cinco dias.
Pelas ruas é fácil encontrar pessoas que comentam que nunca viveram em um momento como este, com o calor intenso. Outros relatam preocupação com a baixa umidade do ar e os impactos que isso pode trazer para saúde. No campo e na cidade, o alerta é para as tempestades, que causam estragos e afetam diretamente a vida da população.
Os recordes de temperaturas e mudança no clima também foram registrados em países europeus, norte-americanos e asiáticos no ano de 2023. A interação com fenômenos como El-Nino por aqui e os efeitos das mudanças climáticas tem tornado eventos como as ondas de calor ainda mais frequentes. Os impactos serão sentidos diretamente na qualidade de vida da população, desde a qualidade do fornecimento de alimentos, até mesmo com a regularidade de eventos climáticos extremos.
Desde o início de seu Pontificado, o Papa Francisco, tem alertado para o cuidado da casa comum, cobrando os responsáveis para terem compromisso com a ecologia integral. Segundo o Papa, o cuidado com a crise climática deve unir as religiões. “Urge que as religiões, sem cair na armadilha do sincretismo, deem o bom exemplo de trabalharem juntas, não para os próprios interesses nem para os interesses duma parte, mas para os interesses do nosso mundo. Entre estes, os mais importantes hoje são a paz e o clima”, conclamou Francisco.
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, integrou a delegação da Santa Sé na COP28, realizada em Dubai. Citou a exortação apostólica Laudate Deum, com o pedido do Papa Francisco por coragem para a preservação da vida humana e da casa comum. «Se tivermos confiança na capacidade do ser humano de transcender os seus pequenos interesses e pensar grande, não podemos desistir de sonhar que a COP28 levará a uma aceleração decisiva da transição energética, com compromissos eficazes que podem ser monitorados permanentemente» (n° 54).
Jales, dezembro de 2023.