03 de Setembro, 2021 17h09mColuna Notícias da Diocese por por Dom Reginaldo Andrietta

PALAVRAS DE VIDA ETERNA

Anualmente, em Setembro, a Igreja do Brasil propõe o “Mês da Bíblia”, que desta vez chega em sua 50ª ediç&

Igor kawakame Rathlef, Seminarista da Diocese de Jales e Membro da Comissão Bíblica Diocesana.
Igor kawakame Rathlef, Seminarista da Diocese de Jales e Membro da Comissão Bíblica Diocesana.

Anualmente, em Setembro, a Igreja do Brasil propõe o “Mês da Bíblia”, que desta vez chega em sua 50ª edição. Seu objetivo é fomentar a leitura, a meditação, o estudo e a prática da Palavra de Deus na vida dos fieis e nas Comunidades Eclesiais Missionárias.

É importante reconhecer que, no Brasil, muitas pessoas possuem, em suas residências, um exemplar da Sagrada Escritura. Todavia, há diversas dificuldades em sua utilização: em alguns casos, é tida meramente como peça decorativa ou até artigo de superstição; salienta-se, também, a dificuldade de se interpretar alguns textos bíblicos, por não terem uma linguagem usual. Sendo assim, é preciso redescobrir o valor humano e espiritual da Palavra de Deus, para permitir que ela ilumine a vida de cada cristão e da sociedade onde se insere.

Afinal, o que é a Bíblia? Qual a sua importância na vida dos fiéis?

Frei Carlos Mesters afirma que “A ação do Espírito Santo pode ser comparada com o sol: seus raios invadem e esquentam a terra e fazem crescer as plantas debaixo para cima. Pode ser comparada ainda com o vento que não se vê. A Bíblia é fruto do vento invisível de Deus que moveu os homens a agir, a falar ou a escrever” (MESTERS, 2015, p. 11).

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De modo análogo, a Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, ensina que “Com efeito, nos Livros Sagrados, o Pai que está nos céus vem amorosamente ao encontro de seus filhos, a conversar com eles; é tão grande a força e a virtude da palavra de Deus que fornece à Igreja o apoio vigoroso, aos filhos da Igreja a solidez na fé e constitui alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (DEI VERBUM, 1965, n. 21).

Nesse sentido, urge a necessidade que a Igreja continue a anunciar a Palavra de Deus, sobretudo na Sagrada Liturgia; mas também leve o povo cristão a fazer uma experiência pessoal com o Senhor que se revela na Escritura, por meio de encontros de formação e de vivência bíblica, sob a ótica da realidade. A Bíblia é uma fonte profundíssima de espiritualidade, capaz de transformar a vida, a família e a sociedade daqueles que a leem, meditam e, sobretudo, colocam-na como norma ética de relação.

Por fim, nos momentos em que parecer faltar esperança em nossa existência, aproximemo-nos de Jesus Cristo, que se deixa conhecer na Escritura e partilha o Pão, que é o seu Corpo. Tenhamos, sempre, a coragem que teve Simão Pedro de professarmos “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”. (Jo 6, 68-69)

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Dom Reginaldo Andrietta

Batizado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 16 de junho de 1957. Crismado na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassunuga, no dia 27 de maio de 1962. Primeira Eucaristia na Paróquia Santo Antonio, Pirassununga, no dia 17 de junho de 1965. Ordenado Diácono na Igreja São Luiz Gonzaga, Paróquia São Benedito, Americana – SP, no dia 19 de outubro de 1982. Ordenado presbítero na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, no dia 18 de março de 1983. Foi nomeado Bispo para a Diocese de Jales, pelo Papa Francisco, no dia 21 de outubro de 2015. Sua ordenação Episcopal foi realizada no dia 27 de dezembro de 2015, em Americana, SP, na Basília Santuário Santo Antonio de Pádua. Sua posse na Diocese de Jales ocorreu no dia 31 de janeiro de 2016. Seu lema Episcopal é: “A Serviço do Bem Comum”